domingo, 28 de agosto de 2011

Sobre as paixões e fogos de palha

Hoje acordei bem...perdi a hora e acordei tarde... por sorte não tinha nenhum compromisso logo pela manhã...

Já acendi vários incensos. Não posso reclamar da vida, mas não custa dar uma forçinha para a espiritualidade... rsrs

Pensamento de hoje????

Não me sai da cabeça um trecho da música do Jorge Vercilo, chamada "Do jeito que for"...
“Vem, eu guardei o meu tempo de vida pra mais ninguém...
Seja fogo de palha ou seja amor, seja do jeito que for...
Só de pensar em você já me faz tanto bem...”

Se quiserem escutar essa música, com certeza tem no youtube. É uma graçinha...

Esse trecho me fez pensar... Será que se tivessemos a certeza de conhecer determinada pessoa, chamem como quiser, alma gêmea, o amor da vida, será que guardaríamos o nosso tempo de vida para ela?   Será que abdicaríamos das demais experiências? Será que deixaríamos de nos divertir com os/as errados(as) para ter a certeza de encontrarmos A pessoa certa?

E ainda, será que guardaríamos um tempo de vida para um fogo de palha? Está bem, já até ouvi alguém dizer... “dependendo do fogo de palha”...

Concordo... Tem alguns fogos de palha que valem mais que muita brasinha morna que existe por aí.
Prefiro acreditar que ninguém entra ou sai da nossa vida por acaso. E que para poder dar valor a essa pessoa com P maiúsculo, há que se viver muito fogo de palha.

Tem fogo de palha que custa a passar. Muitos fogos de palha viram incêndio! Mas em geral, eles são contidos em algum momento... seja pelo encontro de outro fogo...o fogo não resiste ao próprio fogo...ou seja por muitos baldes de água fria que acabam minando o fogo...ou ainda, pela distância consentida que faz com que uma hora um vento venha e simplesmente o apague...

Mas como nada nessa vida é absoluto, tem distância que faz com que o vento venha e alastre ainda mais o fogo...

Tem fogo de palha que não apaga nunca... nesse caso, será que era mesmo um fogo de palha?  Por que será que de algumas pessoas nunca nos esquecemos mesmo sabendo que elas não são as pessoas com P maiúsculo das nossas vidas? 

Então me pergunto: Mas e o tempo? Esse ente soberano que como disse Renato Russo em La Nuova Gioventú, “é mercúrio-cromo”. Por que em certas situações, nem o tempo faz a gente esquecer?

Me lembro então de uma frase que decorei aos 13 anos e jamais esqueci... escrita por Érico Veríssimo em seu eterno “O Tempo e o Vento”,  acho que pra mim, que tenho uma memória de elefante, ela tem muito significado.

“O tempo passou. Dizem que o tempo é remédio pra tudo. O tempo faz a gente esquecer... Há pessoas que esquecem depressa. Outras apenas fingem que não se lembram mais."

Acho que sou o segundo tipo de pessoa. As que fingem que não se lembram mais...

Mas uma coisa é certa... “só de pensar em você já me faz tanto bem...”

Um beijo,

“Colombina”

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